Em tempos também eu fui assim… pequenina, frágil, ingénua. Sim, traquinas também e muito, muito desobediente. Mas de rompante, um vasto e exorbitante turbilhão de acontecimentos agrestes foram surgindo do nada, e um dia, ao abrir a janela do meu quarto para respirar o ar que se vivia lá fora, deparei-me com uma outrora severa realidade… ainda não estou conformada na totalidade, mas algo me leva a querer que foi a minha tão eloquente infância que me tornou na pessoa bipolarmente extrovertida e excéptica que sou hoje, pessoa que tem sérias dificuldades em confiar em outrem e às vezes fugir para não ter que enfrentar a realidade, parece-lhe irremediavelmente, ser a melhor solução…

E hoje posso dizer que me envolvo no mundo de uma maneira tão ridiculamente desproporcional, que por vezes chego a esquecer quem sou.