Debruçada sobre o caderno de rabiscos, rasgo o papel com o lápis de carvão ainda por afiar. Não sei bem como expressar isto, mas vou tentar deixar-me de rodeios e ir agora, directa à questão pela qual te escrevo: serei a única a sentir saudades? Acho impossível ser eu a única a sentir falta… No fundo, sentir falta de nós! Sei que posso estar a criar expectativas irreais ou esperanças ilusórias, mas a verdade é que há algo que me diz que também sentes saudades… Diz-me, sentes saudades minhas, não sentes?
Meu Deus, já nem sei o que estou para aqui a escrever, já não sei o que é certo sentir e o que é certo pensar. Também não faço ideia da razão pela qual me lembro de ti, mas talvez somente me lembro porque não consigo esquecer… Que louca que eu sou, não é? É pois! Pragueja a minha lógica. Já o meu dorido coração sussurra que é normal ser assim, e afinal em que é que ficamos? Tudo isto é normal ou serei eu completamente louca? Talvez seja uma louca normal, não é? Ou então, talvez seja esta loucura que me leva a cometer pecados de rebeldia, talvez seja esta loucura que me leva até a ti. Talvez seja a idiotice do amor, talvez seja a idiotice dos desgostos de amor. Talvez seja a possibilidade de ser eu uma idiota… ou então não! 

3 commentaires:

  1. Pois, e depois tentas esquecê-lo mas não consegues porque não é fácil esqueceres alguém que te deu tanta coisa para lembrar.
    Espero bem não perder as forças porque sei que ele está a passar mal também, e se desistisse depois de tanta história, nem sei...
    A ver o que o futuro me reserva, aliás, nos reserva.
    Outro beijão para ti! :D

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  2. De uma forma ou de outra a pessoa em questão também deve sentir saudade

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cher Joana