Voltei ao meu ponto de partida.... A ilusão atraiçoou-me os sentidos e o tormento reiniciou-se na certeza de reavivar a memória dos meus fantasmas.
O negro mórbido da escuridão encobre o meu caminho e às cegas, dou-me ao instinto que me guia para o abismo onde o fim passa a ser a única certeza que predomina sobre o razão.
A chuva precipita-se das alturas, lava-me a alma e fertiliza a esperança que em mim ainda há-de renascer.
A inocência da uma criança encontrou de novo o refugio dentro do meu peito e um verdadeiro teatro de marionetas começou em meu redor... Eu, menina pequena, ingénua e indefesa, era manipulada por todos à minha volta, os sentidos estavam presos sobre a derradeira eloquência, os sorrisos fechados a sete chaves e as pernas e braços amarrados a fios transparentes que comandavam cada gesto meu, mas as lágrimas, as lágrimas quedavam-se dos olhos sem cessar... jorravam o sangue do infortúnio e amenavam a dor que por todo o meu ser se espalhava a cada pedaço de segundo... e ela continua lá... ainda consigo saber-lhe o cheiro, e desgostar o amargo sabor da derrota... ainda consigo senti-la. 
Não sou ninguém, não pertenço a nada e o futuro é um lugar que a minha sina não foi capaz de traçar em mim.

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cher Joana