Faltam-me as palavras, faltam-me os sonhos, falta-me a esperança. 
Rasgo-me em pedaços... Como a água alimenta a terra, eu alimento-me de ilusões que renascem em mim e fertilizam a desesperança que ainda me há-de fatigar e arrastar para o abismo.
Como cinzas ao vento, espalho-me em cada gota de mar salgado que me induz às lágrimas cristalinas que se declivam sobre o meu rosto desfigurado e pueril.
Como gritos de agonia, entrego-me à solidão que me prende os sentires, amordaça a boca e me faz prisioneira de mim mesma.
E, se por dentro de toda esta dor diluída em meu peito e cravada no meu coração, florescer um sorriso, por mais pequeno que seja, em meu rosto e em meus lábios, então saberei que um novo azul dos céus se rasgará para mim, e a fé de um novo amanhecer restituirá todas as forças necessárias para continuar a seguir enfrente. 

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cher Joana