Ninguém o conseguia igualar e quando digo niguém, era mesmo ninguém. Gostava de se viandar pelos corredores com uma singularidade firme mas que chegava a ser egocêntrica. Todos o olhavam, cochichavam discretamente sobre quem viam e ele gostava muito disso: ser o centro das atenções. Pena que não passasse de uma alma perdida e de um coração vazio que não conseguia prender ninguém durante muito tempo... Mas havia uma ela, e ela gostava muito dele como nunca havia gostado de um outro alguém, apesar de  saber que isso nunca iria ser o suficiente. Ele sabia daquela paixão secreta mas fazia por não querer ver, era mais fácil assim... Meter conversa com ela apenas quando se sentia mais carente e ignorá-la como se nem lhe soubesse o primeiro nome, quando mais lhe convinha. Ele era apenas um pobre diabo a ser demasiado amado por uma pobre ingénua.

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cher Joana