Sentou-se no banco de
madeira enfrente do piano e começou a calcar as teclas com a polpa dos dedos,
enquanto pelo solfejo se esforçava por seguir as notas, sem errar um único
acorde, naquela melodia amargurada e entediante. Gostava de compor uma
história, mas sabia que não poderia ser a história da vida dela "não podemos
ficar juntos", fora ele que lhe dissera naquela manhã antes de entrar no metro.
E de facto não podiam… ela sabia que não era a mulher da vida dele e estava
longe de algum dia o vir a ser. Imaginou-lhe o perfume forte, emaranhado à pele
do pescoço, os olhos rasgados de avelã e os lábios de pêssego. Se ao menos pudesse dizer-lhe o que sentia.
Suspirou. Cessaram-se as notas e a melodia findou, era sinal de trocar a
partitura e começar de novo.
As tuas palavras encantam, está lindo.
RépondreSupprimerNão tens de quê.
RépondreSupprimerE se rever esta partitura ao invés de trocá-la?
RépondreSupprimerLindíssimas são tuas palavras, querida.
http://sweetjaneand.blogspot.com.br/
i like this.
RépondreSupprimersegui *
adoro imenso! sigo
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