É triste acordar numa manhã nobre de sentires nostálgicos e coração poeta, no meio de uma realidade submissa, e aperceber-me que o sonho não vai voltar a vigorar a minha existência. Nas horas passadas, onde abaixo do sol da meia-noite eu fora perfurada por um sono profundo, eras tu quem governava a minha ficção. Lembro-me dos nossos sorrisos felizes, das nossas gargalhadas sentidas vindas da alma, e até mesmo dos nossos beijos de sabor a chocolate. Também recordas? Pois está claro que não te recordas… Acho que já nem te recordas daquilo que nós fomos. 
E ainda assim, e depois deste tempo todo, continuo a viver aterrorizada pelo medo… Seguras o meu coração apenas com uma mão, e a qualquer momento podes deixá-lo cair(!) Peço-te que não o faças, por favor… Se não lhe dás mais carinho, atenção e amor, se não o aconchegas no berço da vida, então suplico que mo devolvas… Sei que não é essa a minha vontade, porque a verdade é que desejo que o guardes para sempre, mas o meu coração precisa de estabilidade, precisa do conforto de um lar, e pelas circunstâncias a que fomos submetidos, tu não estás mais disposto a dar-lhe esse canto de abrigo. Quero que saibas que foste o tal, mas agora está mais que na hora de seguir com a minha vida para a frente. Talvez num dia, os caminhos da nossa vida se voltem a cruzar na instância de um intervalo de tempo. Talvez…          

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cher Joana