Confesso: sempre pensei que conseguisse cuidar da minha vida sozinha, sempre pensei que nunca viesse a depender de ninguém para além de mim mesma, sempre pensei que nunca me ira apegar a alguém de verdade, nunca iria sofrer por coisa pouca, nunca iria perder o meu tempo a pensar em alguém que finge que nem sequer existo, sempre pensei que nunca me iria apaixonar... mas aí, aí apareces-te tu. Os meus dias passaram a resumir-se a longas horas nocturnas que apenas eram ocupadas pelos sonhos azuis que tu, imperante, sabias tão bem dominar. A minha realidade submergiu e a mais louca fantasia comandou. O tempo passou e deixei de saber o que realmente nós somos, sem o facto patente de dois comuns mortais que cortam caminho ao lado um do outro, mas em direcções opostas, numa miserável fracção segundos, que não está a nosso favor... deixei de dar valor ao que não importa mais, deixei de planear o que quero que aconteça por obra do acaso, do destino... No fundo, acho que me perdi no sentimento... no sentimento de não te poder ter. Nunca um sorriso me fascinou tanto, nunca uma boa gargalhada me deu tanto prazer de ouvir, e nunca um sussurrar me arrepiou a espinha, como o teu. Agora, já nem o trago do cigarro matinal acompanhado pelo sabor amargo do café, me faz acalmar... O coração continua a bater com uma intensidade desmedida dentro do meu peito, e quando, por entre uma conversa informal oiço a proclamação do teu primeiro e último nome, é-me totalmente impossível não corar e posteriormente, sorrir. Já não sei como mais posso eu controlar este sentir, quando ele mesmo já se mostrou tão incontrolável, contudo, já deixei de criar expectativas que me trarão saudade e ilusões que me trarão tormento. No entanto, gostava que soubesses que continuo aqui... Continuo a querer saber de ti, e a preocupar-me contigo... mesmo que continues a não querer saber

2 commentaires:

  1. Nós achamos sempre que nos safamos sozinhas. Rapaz? Para quê? E depois chega alguém e sem dar-mos conta precisamos dele e quem 24h por dia com ele não chegam sequer.
    A isso chama-se amar. E quem ama não deixa de querer saber. Mesmo que não o mostre.

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cher Joana